Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Tudo indica que a obra da nova sede da Câmara de Vereadores de Santa Maria, paralisada desde 2013, dará um passo à frente com o lançamento, ontem, do edital para a contratação da empresa encarregada pela "recuperação das patologias da obra". Devido ao tempo parada, a construção possui cimento corroído e vigas enferrujadas que terão de ser recuperados antes da retomada da obra.
- A recuperação das patologias é um procedimento para deixar a obra em condições de continuidade - explica o secretário-Geral do Legislativo, Rodrigo Dias de Moura.
Até agora, a nova sede consumiu R$ 1,6 milhão. A abertura dos envelopes ocorrerá no dia 10 de junho e o serviço está estimado em R$ 160,1 mil. Já a previsão para a recuperação ser concluída, segundo o secretário-Geral, é de 60 dias a partir da assinatura do contrato. Antes dessa etapa, o Legislativo contratou uma empresa para fazer um laudo sobre as partes do prédio inacabado que precisam ser recuperadas. Quanto à retomada da obra, não há prazo. Será necessária outra licitação para definir a empresa responsável pela sua conclusão e ainda dependerá de recursos.
REFORMA
A nova direção da Casa planeja, ainda, fazer uma reforma e restauração do atual prédio, já que há infiltrações no edifício que estão deteriorando paredes e até o assoalho. Também há problemas no telhado que acumula água da chuva. Além disso, são necessárias adequações para a acessibilidade. O Instituto de Planejamento (Iplan) fez um estudo sobre reformas em banheiros, fachada, paredes e nas escadas que deve ser apresentado na próxima semana à direção da Mesa. Depois, segundo Moura, a presidência irá avaliar os custos e a possibilidade de uma licitação para fazer a obra em etapas.
- É importante a conservação do prédio histórico - concluiu o secretário-Geral da Casa.
OBRA QUE SE ARRASTA
- A construção da nova sede da Câmara foi orçado em R$ 4,9 milhões. Foi planejada com cinco andares, em área total de 3,98mil m², com 26 gabinetes de 40 m² cada. Além disso, contaria com um auditório para 400 pessoas
- A obra teve início em janeiro de 2012 e deveria ter sido concluída no final daquele ano, mas foi interrompida em janeiro de 2013, após uma série de problemas envolvendo a empresa Engeporto, responsável pela obra
- Em 7 de junho de 2016, foi instalado um processo administrativo de sindicância envolvendo a Câmara e a Engeporto
- Em relatório, foram constatadas irregularidades em todas as fases da construção
- Em 24 de novembro de 2017, a Câmara lançou licitação para contratação de empresa para elaboração laudo das partes do prédio que precisariam ser recuperadas antes da retomada da obra
- A empresa que foi contratada realizou os serviços. A prefeitura autorizou o pagamento, porém, solicitou que a Câmara contratasse outra empresa para realizar um estudo detalhado das fundações do prédio
- O estudo foi realizado e, ontem, a Câmara lançou o edital para licitar empresa que vai executar a recuperação das patologias
- Após a recuperação da estrutura e limpeza do local, a Câmara terá de contratar uma construtora para concluir a obra parada